minhas palavras
meus pensamentos
Insepultos
vagando pelas calçadas do paìs
tal qual esqueletos
atônitos
dessa atarefada sociedade
distraìda.
Minhas palavras
anuncio de elixir
nesta populìssima – casa-dos-vivos!
Minhas carnes
esqueletos indecifràveis
desse cemitério
de gente polcicada!
Meus pensamentos
aglomerados
indecifràveis?
- Revestidos de triplas intenções?
-Creio!...
Apenas uma microbicida
a proclamar os batedores
a bater o punhal
desses ambulantes
ataudes.
Minhas mãos
como uma torre
elevam-se em direções
n’algum ponto dos poderes
envoltos em carniça
e casemira
a ossamenta revestida
de porca polìtica
de massacrantes prometidos
de furor mantidos
sôbre os dedos indicadores
dos sepultos senhores
dessa society
pura? – fedorenta...
Tenho gana de uivar
de martelar a cabeça
diante das metralhas
de enfiar os olhos
nas làminas engrossadas
de sangue.
Tenho gana de rir
em gargalhadas
the cocktails
regados
a sofrimentos
e làgrimas
dos poderosos
“explorados”
safadoramente...
Eis-me diante deste leito
dormitando
nesta contìnua inércia
de permanecer
afogado
sob os mandamentos
the Kings...
Eis-me diante de todos
tal qual um verme igual
nesta preguiça demente
de permanecer
sob conformismos
sob dominadores
sem escrùpulos
tal qual eu poderia ser...
-hum!!!
-Mas continuarei a dormitar
no leito fofo
nos teus braços
beijando-te
e afagando
teus cabelos
enquanto que nas calçadas do paìs
os esqueletos
discutem
qual a cova
e o ataude
que lhes possa pertencer...
-Durmo sobre a mùsica dos ossados!
-Sempre dormirei!!!...
E sonharei que I LOVE YOU BRAZIL.
Ethel Muniz (Paris)
esse paradoxo de sentimentos sobre os quais não há aparente conciliação, esse nosso país tão doido, doído e amado... tudo aí concentrado no poema!
RépondreSupprimernão sei se isso aqui tem jeito, caríssimo... mas a poesia persiste =)
grande beijo brazuca procê.